Computação gráfica: como criar em 3D
Se você se impressiona com as criações em 3D no cinema, nos games e na arquitetura, chegou a hora de conhecer as bases da computação gráfica!
Autor: Redação Impacta
O avanço tecnológico chegou às artes já há algum tempo e podemos ver a computação gráfica brilhando na indústria do entretenimento: ela está no cinema, nos games e na publicidade. Uma das técnicas mais usadas atualmente nessas áreas é a modelagem em três dimensões (3D).
Não é só no mercado de diversão, porém, que a criação em 3D tem sido usada. Ela está presente, ainda, em muitas outras áreas: da arquitetura à medicina, passando pela engenharia. Mas, afinal, como esses modelos — que imitam objetos exatamente como eles são na vida real — são criados?
Isso é possível pois os softwares especializados permitem que o artista 3D se expresse, soltando a imaginação na criação de peças tridimensionais. Assim, essa área tem crescido continuamente e o desenvolvimento de novas tecnologias — como as possibilidades trazidas pelas impressoras 3D — vai demandar profissionais cada vez mais especializados.
Confira mais detalhes no conteúdo que preparamos sobre o assunto.
Revolução na computação gráfica
A maior revolução trazida pelo 3D à computação gráfica é a possibilidade de ver dinamicamente um projeto antes de ele ser construído. Isso sem que haja a necessidade de criar modelos reais e com muito mais opções, como por exemplo, a avaliação da ação de forças físicas sobre ele, tal como ocorre na vida real.
Inclusive, quando se trabalha em grandes projetos, as tarefas em geral são divididas. Assim, ganha-se tempo e consegue-se melhor qualidade.
Normalmente, os profissionais se especializam em diferentes áreas dentro da computação gráfica 3D:
- modelagem;
- texturização;
- iluminação;
- animação;
- composição (mesclagem da criação em 3D com cenários reais); e
- renderização.
Conheça melhor cada uma dessas opções nos próximos tópicos:
Modelagem 3D
Esse é o primeiro passo da criação em 3D. Ou seja, é o processo usado para desenvolver, usando um programa de computador especialista, uma malha que representa um objeto tridimensional.
Texturização
Depois que o objeto é modelado em três dimensões, a malha resultante deve receber uma textura para ganhar a aparência do objeto verdadeiro.
Essa textura (também conhecida como material de superfície e revestimento) pode ser uma fotografia do material que será atribuído à malha. Pode se tratar ainda de cores ou combinações de diferentes texturas para simular características específicas (como aspereza, reflexão de luz ou iluminação ambiente, por exemplo).
Iluminação
É o processo de colocar fontes de luz em uma cena em três dimensões. Em geral, ocorre depois da construção do modelo tridimensional e da atribuição de materiais de textura. A iluminação torna o cenário mais próximo de como ele se parece na vida real, com jogos de luz e sombra.
Animação
Com a cena modelada, texturizada e iluminada, chega o momento animá-la: é hora de dar movimentos a objetos, luzes e câmeras que fazem parte daquela situação.
Composição
Misturar ou mesclar imagens estáticas (como fotografias ou ilustrações) ou de vídeo da vida real com objetos de uma cena em 3D é o que se chama de composição.
Renderização
Depois de colocar todos os elementos em seus lugares, é hora de renderizar o projeto. Ou seja, fazer o acabamento para que ele possa ser apresentado.
Por onde começar?
Mas, afinal, como começar a criar lindos projetos em 3D e se transformar em um profissional da área? Listamos a seguir, algumas dicas para quem tem interesse em dar os primeiros passos na direção dessa carreira. Confira:
Conheça o fundamental
Os fundamentos das técnicas de desenho são a base para quem quer investir em uma carreira de artista 3D. Com eles, é possível definir o caminho a se seguir, o que torna o processo mais fácil. É importante estabelecê-lo antes de começar a se aventurar na criação de caricaturas, imagens realistas ou até mesmo personagens fictícios.
Isso não quer dizer que você precise já ser um experiente desenhista com traço à mão já completamente estruturado. É preciso, entretanto, que se tenha ao menos alguma intimidade com proporções e perspectivas para ser capaz de expressar suas ideias com precisão ao utilizar a computação gráfica.
Faça um bom curso
As principais técnicas, tanto do desenho em si quanto das especificidades de três dimensões, podem ser aprendidas em um bom curso.
Nesse ambiente, além de se beneficiar da infraestrutura da escola, é possível ter contato com professores que já são artistas e têm a capacidade de associar os fundamentos do desenho em 3D com as práticas computacionais mais avançadas.
Estude, treine muito e continue estudando
É fundamental reservar um tempo, de preferência diário, para estudar e aprender as técnicas do desenho tridimensional e das ferramentas de computação gráfica. Quando souber as técnicas básicas, procure novas técnicas — isso vai facilitar seu aprendizado gradual e naturalmente. Nunca ache que sabe tudo: a inovação nesse mercado é constante.
Conheça o vocabulário
Cada área tem seu vocabulário específico. É importante conhecê-lo para se familiarizar com o linguajar técnico, que é o padrão do mercado. Em outras palavras, para quem quer se profissionalizar, conhecer esse glossário é parte do processo.
Não confie apenas em tutoriais
Apesar de muito úteis, os tutoriais podem ser um pouco limitados. Afinal, se é verdade que ajudam bastante na hora de aprender novas ferramentas e técnicas — principalmente de programas com que se tem pouca familiaridade —, por outro lado, o ideal é que o profissional entenda a técnica que está usando, até para poder inovar a partir dela.
Conheça as ferramentas de trabalho
Há diferentes softwares de modelagem 3D, mas em geral eles têm princípios muito semelhantes. A diferença, portanto, costuma estar em pequenos detalhes. Por isso, é importante manter-se sempre atualizado e saber manejar os principais pacotes do mercado.
O artista 3D que conhece bem os principais softwares tem mais chances de produzir um trabalho diferenciado apostando nas ferramentas de destaque de cada programa. Entre as opções mais populares, estão Photoshop, 3DS Max, Pixologic, ZBrush, Blender (gratuito e opensource, tem uma comunidade grande que se ajuda) e Maya.
Seja organizado
Quando o trabalho é no computador, é essencial manter a máquina organizada para ter acesso fácil ao que já produziu sempre que precisar. Além disso, vale ter uma metodologia de projeto, como manter a interface do software bem arrumada, usar camadas (layers) e outros, para facilitar seu trabalho.
Invista no seu trabalho
Criar em 3D profissionalmente requer, geralmente, um computador poderoso e, ao menos, uma mesa digitalizadora. Isso vai custar caro, não tenha dúvidas disso. Ainda assim, até chegar a esse ponto, é possível optar por programas mais leves e técnicas mais simples.
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muito bom esses conceitos vale apena investir nessa área que cada vez mais cresce no nosso País.
Muito obrigado, exatamente o que procurava!
Nada a declarar.