Economia criativa: você realmente sabe o que é?
A economia criativa está mudando a maneira de se criar produtos e oferecer serviços, passando a valorizar mais o capital intelectual. Entenda!
Autor: Redação Impacta
Vejamos: trata-se de uma esfera na qual os players ganham dinheiro por meio de suas habilidades mentais. Com elas, esses profissionais apresentam respostas inéditas às necessidades coletivas. Quer saber mais? Então, acompanhe neste post dicas incríveis sobre esse próspero segmento!
Conheça a origem do termo
O termo economia criativa surgiu no Reino Unido e foi formulado pelo professor John Howkins em seu livro “The Creative Economy“. Na obra, o autor afirma que um empreendedor “explora o valor econômico de sua própria imaginação” nesse domínio comercial.
Essa área recebeu um ilustre incentivo em 1983, quando a então primeira-ministra britânica Margaret Thatcher publicou um relatório no qual admitia a relevância da tecnologia e da inovação para a expansão econômica da Grã-Bretanha. Onze anos depois, em 1994, foi a vez do primeiro-ministro da Austrália Paul Keating divulgar políticas públicas de estímulo à cultura e à criatividade em um documento batizado de “Creative Nation”.
Desse modo, o fomento à economia criativa — por meio da aplicação de dinheiro público em educação — tornou-se imprescindível para as nações de peso. Como consequência, os poderes públicos dos países de ponta vieram a considerar o talento humano como a válvula propulsora do comércio no século 21.
Entenda o conceito de economia criativa
O objetivo da economia criativa é conceber produtos e serviços por meio do capital intelectual. Por isso, é unânime entre os especialistas que esse âmbito econômico atrai valor. Isso significa recursos financeiros para quem tem as respostas e soluções práticas para o público.
Diferentemente do que muitos pensam, portanto, o ramo inventivo não abarca apenas ações engenhosas e perspicazes. Para integrar esse setor, é preciso fazer riqueza e achar saídas extraordinárias para a humanidade ou para nichos sociais.
Nesse sentido, não basta que uma atividade exija criatividade para fazer parte desse contexto. Por exemplo, não se pode dizer que integra a economia criativa alguém que pinta um quadro ou esculpe uma linda peça de mármore nos momentos de lazer, apenas por diversão.
Ao defender que os operadores desse sistema utilizam a própria imaginação como moeda, Howkins reforça ainda que esse fenômeno somente se converteu em algo viável mediante novas carências da sociedade. Ou seja, o cenário que favoreceu esse padrão comercial está profundamente ligado às recentes demandas dos consumidores em nível mundial.
Os competidores que apresentam respostas arrojadas e vanguardistas para essas aspirações são aqueles com chance de êxito na economia criativa. É por isso que ela abriu um espaço tão grande para o mercado da tecnologia. Veja o caso do Uber, por exemplo. Os criadores desse aplicativo conseguiram agregar valor à ferramenta porque proporcionaram transporte barato, rápido e confortável, sem que fosse necessário comprar um automóvel.
O grande segredo é ter sensibilidade para perceber que vontades são essas, pois elas quase sempre são abstratas. Por essa razão, não basta ter grandes insights no setor inovador. É vital perceber onde estão as brechas para o sucesso.
Em outras palavras, esse segmento exige que o profissional preveja o desejo do consumidor 4.0, uma pessoa com pouquíssimo tempo e que anseia por problemas resolvidos de forma rápida, de preferência sem muito esforço e com o uso de seu smartphone.
Veja como ganhar dinheiro com bens intangíveis
A principal meta dos investidores desse campo da economia é transformar a aptidão cerebral — uma riqueza intocável — em resultados concretos. Para isso, é preciso desprender-se das formas antigas de pensar o empreendedorismo. Essa área está calcada em proporcionar melhorias significativas às pessoas, tendo como locomotiva a economia colaborativa, ou seja, transações comerciais que compartilham recursos materiais e humanos pela Internet.
Por ser um bem abstrato, a capacidade de inovar tem uma precificação diferente das mercadorias tradicionais, como um carro ou um computador. É por essa razão que esse âmbito requer de seus agentes um novo olhar empresarial.
Isso porque é difícil provar aos investidores a capacidade de produtos ou serviços que não estão ao alcance das mãos. Por esse motivo, quem deseja crescer nesse domínio econômico tem sempre que ficar atento a esse conceito (bens intangíveis) e também à noção de propriedade intelectual.
No primeiro caso, são itens que não podem ser apanhados fisicamente (uma música, um filme, o teor de um livro). Já a segunda definição engloba os direitos sobre o aproveitamento comercial dessas posses imateriais.
Um exemplo prático é a marca Coca-Cola. O logotipo da empresa, um desenho simples com a grafia do nome, é capaz de trazer à mente das pessoas muitas informações sobre a companhia e a bebida que ela produz. Tudo isso em questão de segundos. Esse poder é um atributo intangível, diferente do refrigerante.
A multinacional ganha dividendos sobre essa reputação, por meio de copyrights e patentes, que constituem um patrimônio intelectual. Abaixo, você confere algumas dicas de como usar a criatividade a seu favor nessa conjuntura. Observe:
- apresente algo com relevância;
- planeje e pesquise sobre soluções que possam ser escaladas, isto é, que possam crescer em ritmo exponencial;
- elabore um protótipo para ir em busca de patrocínio para a sua ideia;
- use métricas para convencer investidores sobre a viabilidade de seus planos;
- capacite-se em gestão, pois além de ser criativo, será crucial ter habilidades de um excelente administrador.
Descubra a variedade de segmentos desse sistema
A economia criativa abrange inúmeros setores como a arquitetura, a publicidade, as artes, o design, a moda, o artesanato, o teatro, o cinema, a televisão, o rádio, a editoração, os softwares, as músicas etc.
O design, por exemplo, abarca diversos campos da inovação, pois ele é necessário em quase todos os outros ramos desse modelo, bem como também é indispensável no mercado convencional. Na arquitetura, as construtoras vêm procurando designers na intenção de que eles desenhem maquetes eletrônicas de empreendimentos que ainda serão lançados.
Na saúde, já existem recursos informáticos de inteligência artificial para interpretação de diagnósticos. As famosas startups que desenvolvem aplicativos revolucionários são exemplos de economia inventiva, mas, muitas vezes, companhias comuns também participam desse sistema. Afinal de contas, uma corporação pode fabricar automóveis, mas contar com uma linha de economia criativa para investir em meios para esses carros poluírem menos.
É exemplo de economia criativa o coletivo Update or Die, que busca oferecer um ambiente propício para atrair seus leitores, profissionais experientes nas mais diversas áreas de criatividade — música, tecnologia, web design, educação, arquitetura, entre outros —, para atuarem como produtores de conteúdo e também participarem de projetos especiais.
Também está incluída nessa categoria econômica a plataforma Think Eva, cuja missão é fazer uma conscientização das empresas e suas marcas sobre as demandas reais das mulheres.
Outro negócio inovador é o canal de humor no YouTube Porta dos Fundos, com vídeos de comédia, que vêm recebendo patrocínio de grandes companhias. Além deles, é possível citar o Project Hub, que ajuda as pessoas interessadas em inovação a colocarem suas ideias em prática.
Abaixo, você confere informações sobre as expectativas para esse setor no futuro que, por sinal, são bastante positivas. Veja!
Perceba o imenso potencial do mercado inventivo
A economia criativa emergiu abruptamente, elevando a temperatura econômica em grandes proporções, devastando ramos e abrindo caminho para outros. Desse modo, seu maior propósito é apresentar itens inéditos. Diversos especialistas e instituições traçam prognósticos positivos para esse novo paradigma econômico, inclusive com dados estatísticos.
De acordo com mapeamento do Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), a esfera da inovação movimentou 2,64% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2015. A mesma entidade aponta que os vencimentos dos profissionais criativos no período superaram em pouco mais de duas vezes e meia a média nacional dos empregados formais brasileiros.
Já a Organização Internacional do Trabalho (OIT) indica que a participação do mercado inovador alcança os 7% em todo o mundo, com uma previsão de 10% a 20% de crescimento ao ano. A economia criativa, portanto, representa portas abertas para crescer profissionalmente. Afinal de contas, financeiramente, ela é bastante generosa com as pessoas de talento que a compreendem.
Com a qualificação adequada, você vai conseguir aprofundar suas habilidades e lapidar seus valiosos bens intangíveis. E aí? O que achou do nosso post? Quer dividir essa experiência com os amigos? Compartilhe nosso conteúdo em suas redes sociais!
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