Google LaMDA: a solução de IA que quer revolucionar os Chatbots
Uma novidade da Google promete revolucionar a comunicação entre humanos e máquinas. Conheça e saiba como funciona o LaMDA!
Autor: Redação Impacta
Já imaginou contar seu dia e receber conselhos de um robô?
A inteligência artificial (IA) já não é mais novidade para ninguém, mas o evento Google I/O 2021 trouxe uma novidade que promete romper as últimas barreiras para a comunicação entre humanos e máquinas: O Language Model for Dialogue Applications ou Google LaMDA!
A IA já está presente nos algoritmos que acessamos diariamente nas nossas redes sociais, que nos auxiliam na compra de produtos e até mesmo na hora de escolher um filme para assistir.
Como o cientista da computação Kai-Fu Lee diz: “os robôs estão mudando o mundo, a forma como amamos, nos relacionamentos, trabalhamos e vivemos”.
Mas mesmo sendo usada diariamente, a IA continua nos surpreendendo. Por exemplo: Se eu contar para você que daqui a pouco vamos conversar com um robô com a mesma qualidade que conversamos com um amigo querido?
Sim, eles estão sendo treinados para isso! E o “Google LaMDA” pretende ter papel importante nessa transformação, já que tem como objetivo realizar a interação entre humanos e máquinas de forma inovadora. Vamos entender melhor a seguir!
Qual a inovação do LaMDA com relação à Siri e Cortana?
As conversas com assistentes e ferramentas como o Google tradutor, Siri e Cortana não se comparam com a naturalidade do LaMDA.
Enquanto a Siri e a Cortana são assistentes virtuais que operam de forma direta, obedecendo comandos de voz específicos, com o Google LaMDA a conversa funcionaria com muito mais interação e naturalidade – ou porque não dizer, humanidade.
Sabe aqueles programas que são feitos para fazer nosso atendimento em sites? São os chamados chatbots. E a Google deu um passo importante na última conferência anual para o desenvolvimento dessa área.
A apresentação da sua tecnologia LaMDA despertou o interesse e o encantamento de diversas empresas. Isso indica que no futuro essa tecnologia virá forte e promete inovar em nossas interações com os chatbots em diferentes sites e aplicativos.
A nova tecnologia da Google é “treinada” por uma complexa arquitetura de redes neurais que levam em consideração alguns aspectos específicos de uma conversa, como: ética, factualidade, interesse, situação e sensatez.
Desse modo, as respostas do LaMDA podem ser surpreendentes, pois interpretam o que o humano fala em uma conversa e responde algo apropriado. A conversa pode ser divertida, informativa, instrutiva e até mesmo espiritual.
A equipe da Google conversou com o LaMDA!
Em uma simulação, o usuário comunicava ao LaMDA que estava iniciando aulas de violão.
Observe que além da interjeição “que legal”, a IA ainda menciona uma terceira pessoa na conversa e uma marca de violão. Tudo isso para melhorar a experiência do diálogo e fugir daquelas conversas robóticas e pouco espontâneas que estamos acostumados.
A versatilidade do LaMda é incrível. Ele consegue diferenciar a linguagem figurativa, literal, inventiva, informativa, simples ou extravagante.
Da mesma forma que uma conversa de bar pode começar discorrendo sobre futebol e terminar especulando acerca das questões políticas ou mesmo da vida alheia, a nova tecnologia da Google tenta reproduzir um percurso parecido.
Observando na prática as interações do LaMDA
Pergunta da equipe do Google: “O que você veria se olhasse diretamente para Plutão?”
Este é um exemplo da especificidade da nova ferramenta.
Antigamente os aplicativos respondiam algo como: “uma bela vista”, “terras e estrelas”, porém agora conseguem encontrar no seu banco de dados respostas científicas e detalhadas para os questionamentos feitos pelos usuários.
Vamos analisar outro aspecto por meio de um diálogo:
Equipe da Google pergunta: “Plutão recebeu algum visitante?”
Aqui observamos o exemplo da factualidade do diálogo. Embora a resposta seja um pouco confusa, o LaMDA leva em consideração a exploração espacial feita pela agência americana.
Isso demonstra que o novo programa pode fornecer respostas inteligentes, atuais e bastante antenadas. Agora observe um elemento ainda mais curioso durante o teste:
Equipe da Google: “Bem, eu acho você lindo!”
A frase indica que o robô também trabalha com elementos de sensibilidade. O LaMDA faz algo bem parecido e semelhante com nossos amigos que ficam felizes ao receber algum elogio.
O aplicativo demonstra felicidade com o elogio e comenta sobre não receber tais comentários com frequência, além de fazer uma analogia com os planetas esquecidos do sistema solar por serem diferentes dos outros.
E quanto às questões éticas? A inteligência artificial pode fazer algum mal para nós humanos? Pode substituir os seres humanos?
A Google trabalha ao lado de filósofos e pensa constantemente nas questões éticas que envolvem o uso de inteligência artificial.
Em outras palavras, isso faz com que todo comportamento moral do LaMDA não aplique frases com o objetivo de enganar o usuário, reproduzir preconceitos e/ou discursos de ódio.
Isso conduz o projeto para seus objetivos de uso cotidiano e saudáveis para o relacionamento humano.
Podemos confundir humanos com robôs?
Tudo indica que a tecnologia de fato será promissora e inovadora no uso de chatbots. Mas apesar de ser revolucionária dentro do campo tecnológico, de nenhum modo substituirá conversas com amigos ou conhecidos.
Isso porque os seres humanos são imprevisíveis e a tecnologia tem suas limitações.
Por mais que a tecnologia possa ser sensível, específica e informativa, como dito antes, copiar a humanidade está fora de alcance. O Google LaMDA não consegue interpretar o mundo à sua volta e conversar sobre o clima ou mesmo sobre um amigo que viu na rua.
Ele não entende o mundo ao seu redor! Também não há previsão para que o mecanismo faça isso.
Os pesquisadores explicam que toda conversa se desenvolve a partir do humano, ou seja, o LaMDA não tem liberdade para iniciar uma ação.
Esses desenvolvimentos recentes e poderosos naturalmente inclinam o ser humano ao medo e a promover questionamentos sobre os rumos que vamos tomar, mas, apesar de tudo isso, somos nós humanos quem controlamos as máquinas, e não o contrário.
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