Saiba tudo sobre a carreira de Engenharia de Software

As engenharias se desenvolvem e novos mercados vão se abrindo para quem se interessa pela área. Mas você sabe o que faz um engenheiro de software? O Brasil tem conquistado um local de destaque nesse setor.
Neste post, mostraremos tudo o que você precisa saber sobre essa profissão, como áreas de atuação, situação do mercado de trabalho, quais características buscar em um curso de formação, entre outros fatores que devem ser observados.
Se você se interessa pelo tema, siga conosco e confirme a carreira que quer seguir!

  O que faz um engenheiro de software

A engenharia alia conhecimentos científicos e técnicos à experiência prática para exploração dos recursos naturais, seja para projetos, construções, exploração e operação de objetos, sempre voltados para o uso humano. Porém, ela não é uma atividade tão específica como parece. Isso explica a amplitude dessa profissão.
Falando especificamente da engenharia de software, seu objetivo é a aplicação de teoria, modelos, técnicas e ferramentas da lógica da ciência da computação e de suas áreas afins para a produção e o desenvolvimento de sistemas de software.
Cabe ao engenheiro de software desenvolver, fazer a manutenção do produto, no caso o sistema de software, e estimar custos com a produção, uso e prazos. O objetivo dessa engenharia é sempre acompanhar as inovações e ensinar aos alunos as melhores técnicas e modelos a serem seguidos.

  Áreas de atuação

O engenheiro de software cuida do desenvolvimento à gestão do software, incluindo as partes técnicas e científicas dos sistemas.
Ao desenvolver, é possível atuar na criação de jogos e softwares para computadores, videogames e dispositivos móveis, como tablets e smartphones. No que diz respeito à gestão, é possível gerenciar negócios e projetos de empresas que utilizam em seus processos softwares, por exemplo, para acompanhar processos produtivos.
Empresas públicas ou privadas, startups ou companhias de tecnologia contam com grandes oportunidades para o profissional da Engenharia de Software, além das filiais de multinacionais presentes no país. Entre as funções estão administrador de banco de dados, analista de sistemas e programador.

  Como é o mercado de trabalho na área?

O Brasil aparece em primeiro lugar na América Latina e entre os principais países no ranking mundial de desenvolvedores, fabricantes e distribuidores de softwares. Isso, sem dúvida, é um grande incentivador para manter o mercado de trabalho aquecido.
Segundo um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), o Brasil apareceu na nona colocação do ranking mundial de softwares e serviços em 2018, com um mercado que vale US$18,6 bilhões — o equivalente a 1,6% do total mundial no setor. Esse resultado nos coloca à frente de países como Itália e Holanda, considerados economicamente mais desenvolvidos.
Hoje, o setor de software representa 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Ano a ano, os indicadores brasileiros têm aumentado e aquecido o setor. Atualmente, são 17 mil companhias trabalhando na área, sendo que 49,3% delas são microempresas.
Como o mercado de Tecnologia da Informação está em crescimento, há uma grande demanda por profissionais capacitados. Porém, uma pesquisa da Associação para a Promoção da Excelência do Software (Softex) mostra que, em 2020, 400 mil profissionais desse setor estarão em falta no Brasil — incluindo o engenheiro de software.
A falta de especialização e prática é outra informação que pode ser encontrada nesses relatórios. Essas características produziram gerações de desenvolvedores inseguros e com capacidade limitada de produzir resultados sólidos e de qualidade.

  Remuneração média

Estudo divulgado pela Hired, empresa que analisa empregos na área de tecnologia, analisou as remunerações dos engenheiros de software ao redor do mundo. A maior média anual foi em São Francisco, nos Estados Unidos, com US$134 mil, seguida por Seattle, com US$126 mil.
No Brasil, o antigo site Love Mondays, vinculado à Glassdoor Company e que estima os salários pagos por empresas de diversos ramos, aponta como média de remuneração da carreira o valor de R$9.635/mês — indo de R$6 mil a R$12 mil.

  Quais são os cursos de formação existentes?

Devido ao aquecimento do mercado, ainda faltam profissionais com habilidades necessárias ao desenvolvimento de sistemas de software. Poucos têm capacidade de desenvolver e produzir bons resultados, devido à formação fragmentada e à ausência de experiências práticas no mercado.
Atualmente, existem instituições renomadas que oferecem cursos de pós-graduação com diferenciais para tornar o aluno um bom engenheiro de software. Para que isso aconteça, a estrutura do curso deve ser voltada para atender as necessidades de profissionais que já atuam no mercado de tecnologia da informação e estão diretamente envolvidos com o processo de engenharia de software.
A intenção é atender as exigências do mercado de software, promover um alinhamento estratégico entre tecnologia e negócio, bem como integrar os resultados obtidos na análise e projeto com a fase de desenvolvimento de software.
O objetivo é preparar o aluno a ter pensamento ágil, como exige o mercado. A troca de experiências com professores e a aplicação dos conceitos em casos reais e clientes reais permitem essa formação mais completa.
O estudante que busca formação na área deve sair preparado para, entre outras habilidades:

• analisar, modelar, especificar, validar e gerenciar requisitos de software;
• projetar software e analisar qualidades;
• programar em equipe;
• gerenciar projetos na área.

  Matérias do curso de Engenharia de Software

O curso de pós-graduação em Engenharia de Software é indicado para profissionais que ocupam cargos de analistas, desenvolvedores, gerentes e coordenadores, além daqueles que desejam ocupar essas posições em sua carreira.
Quem é graduado em cursos da área da Tecnologia da Informação, como Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Banco de Dados, Ciência da Computação, Gestão de Tecnologia da Informação e Sistemas da Informação também pode investir nessa formação.
Durante as aulas, o aluno aprende com casos reais de clientes. Assim, ele passa a dominar as etapas de modelagem de negócios, além de aprender a caracterizar as condições de negócios, projetos, desenvolvimento, teste e manutenção de sistemas de informação em diferentes áreas.
Conheça as disciplinas estudadas no curso:

• Processos de Software e Cultura Ágil;
• Gestão Ágil com SCRUM;
• Engenharia de Requisitos;
• Ambiente de Desenvolvimento e Operações — DevOps;
• Arquitetura de Software;
• UX e Design Thinking;
• Projeto de Banco de Dados;
• Análise e Desenvolvimento de Software;
• Projeto de Software em Big Data;
• Análise e Modelagem de Negócios;
• Automação de Testes de Software;
• Testes de Segurança no Desenvolvimento — DevSecOps;
• Qualidade e Métricas de Software;
• Projeto de Curso.

  Quais são as principais habilidades do engenheiro de software?

O engenheiro de software está preparado para trabalhar com tecnologias e as novidades do mercado — qualidade exigida hoje na alta concorrência do mercado de trabalho. Estar atento às novidades da tecnologia, criar e inovar são características encontradas nesses profissionais. É preciso buscar novos métodos para desenvolver e gerenciar sistemas e aplicativos da melhor forma possível.
Antecipar tendências é outra qualidade desse profissional, já que seu objetivo é criar e buscar ferramentas e sistemas eficientes, que resolvam problemas da sociedade. Um exemplo é a criação de aplicativos cada vez mais úteis e inovadores. Exemplos de apps famosos que passaram por um engenheiro de software não faltam: Uber, Cabify e iFood.
Para a criação de softwares de qualidade, o engenheiro deve ter um conjunto de habilidades e dominar algumas técnicas, como as apresentadas a seguir.

  Desenvolvimento de aplicativos 

Desenvolver aplicativos é uma das principais habilidades que um engenheiro de software deve ter ao entrar no mercado de trabalho. Para isso, o profissional precisa estar sempre atualizado e conhecer as novas tendências e tecnologias da área.
Além disso, é importante se preocupar com a experiência do usuário para oferecer um produto de qualidade e que atenda às necessidades dos clientes mais exigentes. Pode até parecer uma tarefa simples, mas para realizar essa função com eficiência, o engenheiro deve ter bons conhecimentos, além de ter feito um curso com bons professores.

  Gerenciamento de negócios 

É comum que os engenheiros de software precisem gerenciar diversos projetos ao mesmo tempo, cada um com as suas demandas e urgências. Isso vale tanto para quem trabalha remotamente como freelancer quanto para aqueles que são empregados em tempo integral em uma empresa.
Um bom engenheiro de software deve priorizar, organizar e gerenciar todos os diversos trabalhos e projetos que precisa realizar em um determinado momento, de forma a evitar atrasos. Para poder prosperar em um ambiente no qual os prazos ocorrem regularmente, é importante saber lidar com a pressão.
Você deverá gerenciar as prioridades de outros projetos e equilibrá-los com as suas próprias, além de atuar de acordo com as necessidades de seus clientes e superiores.

  Trabalho em equipe 

Desenvolver sistemas de software, em geral, é uma tarefa solitária, que exige foco e dedicação. No entanto, os engenheiros de software ainda devem se comunicar regularmente com outros profissionais e equipes.
Como engenheiro, você deve saber apresentar e discutir as necessidades do projeto, além de apresentar qualquer desafio ou problema que surgir. No mercado de trabalho, esses profissionais atuam frequentemente com muitos departamentos e equipes de uma só vez, enquanto também gerenciam um time próprio.
Por isso, em algumas situações, pode ser necessário trabalhar com pessoas com ideias e filosofias que você não concorda. Outras vezes, surgem mal-entendidos que podem ameaçar o prazo e a qualidade do trabalho.
Um engenheiro bem-sucedido deve se sentir à vontade para agir em estreita colaboração com outras pessoas, apresentando pontos de vista inovadores conforme necessário. Para isso, é importante desenvolver habilidades como:

• colaboração;
• escuta ativa;
• resolução de conflitos;
• liderança;
• comunicação oral e escrita.

  Experiência com múltiplas linguagens de codificação

Muitos engenheiros de software se tornam fluentes em uma ou duas linguagens de programação — e essa se torna sua principal especialidade. No entanto, os melhores profissionais estão familiarizados com todos os códigos relevantes, mesmo que em um nível básico.
As empresas podem não esperar que você domine todas as linguagens, mas você se torna muito mais atraente para o mercado se conseguir aprender códigos com características análogas (estruturadas versus funcionais, por exemplo), ou sabendo um pouco de cada linguagem, como: 

• JavaScript;
• PHP;
• SQL;
• Python;
• C++;
• HTML;
• CSS.

  Capacidade de se atualizar

Uma das principais habilidades de um bom engenheiro de software é ser capaz de atualizar seus conhecimentos. O principal motivo para isso são as grandes transformações que a tecnologia sofre ao longo do tempo.
Nesse sentido, a pós-graduação em Engenharia de Software prepara profissionais — tanto recém-formados quanto aqueles que já atuam no mercado — para os desafios da profissão. O aluno sai do curso atento a todas essas atualizações.
Como o ambiente digital está em crescimento no Brasil, a demanda é cada vez maior por engenheiros que buscam essas novas tecnologias, atualizações e tendências.

  Atenção aos detalhes

Existem alguns padrões e práticas nas empresas que todo engenheiro de software deve dominar. Isso inclui desde o básico, como a aplicação de sistemas de controle de versão para que os trabalhos antigos não sejam perdidos ou o uso de um protocolo de testes completo e robusto.
Essas ações também incluem detalhes mais complexos, como análises e revisão de códigos antigos ou criação de metodologias estratégicas nas quais o profissional cria uma estrutura de codificação.
Além de atenção aos detalhes, esse trabalho exige do engenheiro:

• habilidades analíticas;
• capacidade de solucionar problemas;
• documentação técnica;
• análise de dados;
• criatividade;
• pensamento crítico.

  Afinal, Engenharia de Software ou Ciência da Computação?

Os objetivos das duas carreiras são distintos, apesar de um profissional necessitar do outro para colocar um software em funcionamento. De forma simples, quem busca formação em Ciência da Computação trabalha com a parte mais teórica e analítica da área. 
O curso tem duração de 4 anos, é do tipo bacharelado e forma profissionais que conhecem a fundo as teorias e os fundamentos da computação. Os alunos têm mais disciplinas voltadas para banco de dados, programação avançada, internet e desenvolvimento de software. Enquanto isso, o engenheiro de software atua no desenvolvimento, manutenção e adequação de dispositivos.
 
Antes de definir uma formação ou especialização, é fundamental conhecer detalhes da carreira, como áreas de atuação, mercado de trabalho e oportunidades. Além disso, buscar os cursos de formação mais completos abrirá as melhores oportunidades de emprego.
Agora que você já entendeu tudo o que faz um engenheiro de software, entre em contato com a Faculdade Impacta e fique por dentro da nossa pós-graduação em Engenharia de Software.