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O caminho dos dispositivos vestíveis até a popularização

A ideia de pessoas vestidas com computadores o tempo todo, fazendo tudo através desses dispositivos deixa o público desconfortável e, a internet atenta.(...)

Autor: Redação Impacta

A internet já odeia os dispositivos vestíveis. Seja por seus usuários esquisitos, conhecidos nos Estados Unidos como “glassholes” por usar os óculos do Google em todos os lugares – inclusive no banheiro –, seja pelos comerciais dos produtos com roteiros completamente forçados, como o do Galaxy Gear, relógio inteligente da Samsung

A ideia de pessoas vestidas com computadores estranhos o tempo todo, em todo lugar, fazendo tudo através desses dispositivos ainda deixa o grande público desconfortável e, principalmente, descrente da popularização da mesma. A verdade é que antes mesmo de se tornarem parte do dia a dia de todos, os dispositivos vestíveis se consolidarão como ferramentas importantes no ambiente de trabalho.

O local de trabalho é o espaço ideal os dispositivos vestíveis que leem o ambiente e potencializam nossos sentidos e logo os veremos sendo utilizados por técnicos de instalação, policiais, enfermeiros e cirurgiões.

“Nós presumimos que todas as tecnologias importantes começam no círculo do consumidor para então partir para o meio empresarial. Eu não acho que esse será o caso das vestíveis.” diz J.P. Gownder, analista da Forrester Research, que também acredita que enquanto Google, Apple e Samsung vão continuar brigando pelas maiores fatias do mercado, projetos mais direcionados conquistarão espaço rapidamente no mundo dos negócios, assegurando os primeiros sucessos reais dos vestíveis.

Enquanto a indecisão a respeito de como substituir um smartphone por algo que você pode usar em sua cabeça ou pulso pode ser algo bom de modo geral, a certeza de que os novos dispositivos podem auxiliar na performance geral de um profissional é clara.

Tomando como exemplo, temos o Take Eyes-On, um óculos – desenvolvido pela parceria entre Epson e Evena Medical – que permite ao usuário enxergar um mapa preciso das veias de um paciente, eliminando a necessidade de adivinhar onde deve ser espetada uma agulha para retirada de sangue, por exemplo.

O produto foi desenvolvido especialmente para um público: enfermeiros e auxiliares da área de saúde. Uma vez que as empresas descobrirem maneiras específicas de como os dispositivos vestíveis podem aprimorar o trabalho que fazem ou serviço que prestam, a demanda por eles será estrondosa.

Os usos específicos não estão limitados a coisas tão sérias como tratamento médico. Um exemplo de uso simples da tecnologia, que pode alterar todo um segmento de prestação de serviços, é o uso de transmissões de vídeo a longa distância em situações como quando um profissional de suporte técnico visita um cliente, porém não consegue resolver o problema.

Ao invés de voltar no outro dia com uma solução, ele transmite imagens do caso ao escritório para que outros técnicos lhe auxiliem. Como toda tecnologia, a preocupação nesse caso reside no mal uso do equipamento, o que poderia invadir a privacidade do consumidor. De qualquer forma, os benefícios são evidentes.

Uma barreira que os vestíveis enfrentam para adentrar o mundo do consumidor é o estilo. Porque você os usa em seu corpo, você se preocupa com a aparência dos mesmos. No trabalho essas preocupações não são um problema, uma vez que o estigma social desaparece quando usar a ferramenta faz parte do trabalho.

Você pode não gostar dos uniformes do McDonald’s ou dos Correios, por exemplo, mas fazem parte do seu trabalho e você tem que se acostumar com isso.

No momento, muita da resistência aos dispositivos vestíveis vem puramente da esquisitice por trás do conceito.

Quando os vestíveis se tornarem comuns no ambiente de trabalho, veremos um efeito de normalização que abrirá caminho para que eles estejam em todos os lugares. Quando nos acostumarmos a vê-los e usá-los diariamente no trabalho, vê-los em outros lugares passará a ser cada vez menos estranho. No fim das contas, até mesmo usar  o Google Glass poderá ser legal.

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