Apple Pay promete popularizar os pagamentos móveis
Apple anunciou, juntamente com o novo iPhone 6, o seu sistema de pagamentos móvel, Apple Pay, que pretende substituir o cartão de crédito físico
Autor: Bruno Saes
A Apple anunciou, juntamente com o novo iPhone 6, o seu sistema de pagamentos móvel, Apple Pay. A novidade pretende substituir o cartão de crédito físico, permitindo que o cliente faça suas compras diretamente do seu iPhone 6 ou iPhone 6 Plus em lojas físicas.
Apesar do Apple Pay não ser o primeiro que promete acabar com os cartões físicos e de ainda estar limitado aos aparelhos iPhone 6 ou iPhone 6 Plus, o novo sistema pode representar, finalmente, que o mobile payment (m-payment) poderá decolar. Com a força da Apple no mercado, a tendência é que esse tipo de serviço de pagamentos possa se popularizar, transformando também outros smartphones e serviços em meios de pagamentos mais eficazes, rápidos e modernos. O sistema da empresa da maça é tão simples e representativo, que ganhou elogios até mesmo de Bill Gates, cofundador da rival Microsoft.
Previsto para começar a funcionar no dia 18 de outubro, o Apple Pay será testado nas próprias Apple Stores, em algumas unidades do Mc Donald’s e diversas outras lojas. O sistema permitirá ao usuário pagar suas compras direto com o iPhone 6, bastando aproximar o aparelho ao terminal de caixa. O funcionamento ocorre por meio da tecnologia de conexão sem fio NFC (Near Field Communitacion), que faz a transmissão de dados utilizando a internet do aparelho e autenticando a transação no sensor biométrico da Apple, o Touch ID. Para o sistema, a Apple fez parcerias com Visa, MasterCard, American Express e outras empresas da área financeira para implementá-lo.
Segurança no Apple Pay
Um dos maiores empecilhos para que o usuário aposte no mobile payment é a falta de confiança na segurança. Uma prova disso foi o serviço de pagamento móvel lançado pelo Google em 2011, o Google Wallet, que sofreu com falhas de segurança, fazendo que com poucas pessoas utilizassem a ferramenta.
Para evitar esses problemas, a Apple criou uma conta única que deixará os dados de seus cartões cadastrados invisíveis. A chamada Device Account Number será codificada e armazenada em um chip instalado no iPhone, sem que os dados bancários sejam compartilhados com os comerciantes e sem que possíveis hackers tenham acesso aos números do cartão.
Para o cliente concluir a compra, o Apple Pay exige autenticadores como a impressão digital do usuário, identificada pelo Touch ID, e ainda a ID da Apple. No caso de perda ou roubo, a conta continuará segura, bastando avisar a empresa, que excluirá automaticamente a conta do sistema.
Chegada ao Brasil
O Apple Pay, por enquanto, só funcionará nos Estados Unidos e não tem previsão para chegar ao Brasil. O processo de inserção ainda deve levar algum tempo, já que ainda não começaram nem as vendas do iPhone 6, além do sistema exigir diversas adaptações, como implantação do sistema no comércio local, integração dos bancos e operadoras de cartões.
Apesar disso, o lançamento do Apple Pay é visto com bons olhos para impulsionar soluções e serviços para o mobile payment também no Brasil. É o caso da NearBytes, uma startup carioca, que trabalha com uma solução para pagamentos móveis, o SndKey. O programa brasileiro permite que aplicativos de pagamentos realizem transações a partir de smartphones, seja online ou offline, pois utiliza ondas sonoras para transmitir dados codificados nas transações financeiras.
“Por ser algo desenvolvido pela Apple, muitas pessoas vão utilizar e o mundo vai começar a perceber como é fácil e prático realizar pagamentos através do celular”, defende Carlos Estigarribia (sócio da NearBytes), que acredita que o Apple Pay servirá para “educar o mercado” com essa nova forma de pagamento.
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