O mercado para um profissional de marketing digital
Os professores da Faculdade Impacta te respondem o que um profissional de marketing digital precisa ter para suprir a falta de mão de obra qualificada.(...)
Autor: Redação Impacta
Em 2010, quando iniciamos o MBA de Marketing Digital da Faculdade Impacta, a ideia era preparar profissionais para um mercado aquecido e sem profissionais de qualidade para suprir as diversas vagas abertas tanto em agência como em clientes. Em 2015, ou seja, cinco anos depois, estamos diante de um cenário, infelizmente, muito parecido.
Por mais que as verbas destinadas ao digital tenham crescido, que o e-commerce tenha recebido maior importância nas empresas e o mobile não pare de crescer, as vagas continuam abertas e difíceis de serem preenchidas. E o motivo ainda é o mesmo: cadê o pessoal qualificado?
É claro que existem muitos profissionais espetaculares no mercado, fora de série e que estão fazendo a diferença no mercado. E para nosso orgulho, alguns, saíram das nossas salas de aula, e claro, outros estão ensinando no curso. Prova disso, é ver que em todos os grandes eventos de marketing digital pelo país, há sempre dois ou três professores do curso como palestrantes, isso quando não são os palestrantes destaque.
Recentemente, aconteceu o Digitalks, um dos grandes eventos do mercado. Nada mais do que oito professores palestraram e muitos deles tiveram em seus perfis no Facebook recados como “vim no evento e vi professores palestrando. Só me deu a certeza de que escolhi o curso certo para fazer…” e graças a Deus, esse depoimento não foi isolado. Até alunos formados disseram isso aos professores. Muitos estavam lá para prestigiar os mestres durante suas palestras. E isso é sensacional!
O coordenador do curso, Felipe Morais, que também é professor das disciplinas: Planejamento Estratégico Digital e Estratégia de E-commerce, ambas ligadas à estratégia, reuniu depoimentos dos professores para responder a pergunta que dá o título a esse artigo:
O que o mercado espera de um profissional de marketing digital?
Mais de 95% dos professores do curso são de mercado e, além de viverem a realidade do mercado no dia a dia em suas agências ou empresas, também vivem a expectativa de trazer para a sua equipe pessoas que façam a diferença. Ou seja, além de professores, eles são contratantes.
Começamos com Felipe Morais que acredita que o profissional de comunicação digital tem que, em primeiro lugar, entender que o digital não é brincadeira e sim encarado como um negócio:
“O consumidor deve ser colocado no centro da comunicação. A mídia é o chamariz, o Facebook, site, YouTube ou Blog são os canais, mas esses canais sem conteúdo ou sem pessoas, não são nada. O profissional precisa ter uma visão estratégica, entender de pessoas, ser curioso e um eterno pesquisador. Estratégias baseadas em pesquisas de Google não tem muitas chances de dar certo” disse.
Para o também coordenador do curso e professor de Design Thinking, Euripedes Magalhães (vencedor do prêmio Digitalks 2015 como melhor profissional de Design e Usabilidade) “o profissional tem que ter mais do que conhecimento, ele precisa ter vontade de crescer, aprender e buscar constantemente atualizar-se com o que está acontecendo no mercado. É preciso abrir a mente e entender um pouco de cada área da empresa/agência e não apenas da sua específica. É preciso conhecer o todo para saber como ajudar nas ações. Ser humilde, compartilhar conteúdo, nunca estar satisfeito com o que já se sabe. Ensinar, Isso falta nas pessoas de hoje e é fundamental para o crescimento de qualquer um nesse mundo digital“, afirma.
A busca pelo conhecimento é contínua por todos, inclusive vai bem ao encontro do que Gabriel Aguilar, professor de semiótica, didática e cibercultura, deseja nesse novo profissional. “Não basta só o domínio e a experiência de ferramentas e seguir fazendo o mesmo…”. “Estudar, se preparar para um mercado colaborativo em que as grandes ideias podem ser grandes projetos”, diz.
Mas ele ainda faz uma ressalva de que nem sempre o mercado é o que se vê na sala de aula: “Como o Felipe Morais sempre diz ‘o mercado pune’ e o que se vê é que nos 18 meses de aula, os alunos que se preparam e se dedicam, brilham no mercado, aliás, não só brilham no mercado como estão brilhando em sala de aula, na própria Impacta que abriu as portas para os alunos brilhantes e que tinham o desejo de dar aula, se tornar professor do curso que se formaram. E tem dado um resultado espetacular”, comemora o professor.
A Dra. Maria Marta, professora de direito digital do curso, acredita que o mercado precisa de mais profissionais que tenham em seu “DNA profissional” dinamismo, inovação, criatividade e versatilidade. Ela cita, por exemplo, que “o número de pedidos de registro de patentes que envolvem criação de tecnologias que economizam água, como por exemplo lavar carro a seco, ou aplicativos de celulares que fazem gestão da mobilidade urbana, para gerir custos de despesas com táxis, aumentou bastante nesse ano de crise”. A tecnologia está aí, mas sem um embasamento, estratégia, entendimento de consumidor, análise fria de tendências, nada vai sair do lugar.
Para o professor de Redes Sociais, Araken Leão, um fã de tendências futuras a “era da competitividade acabou, o futuro é colaboratividade. O profissional precisa enxergar com os olhos do usuário/participante. O controle não está em nossas mãos, mas possuímos o GPS”. Fica aqui a dica para estudar cada vez mais as tendências, “sair da caixa” é uma frase batida em eventos, mas está longe da realidade do dia a dia das empresas.
Aliás, como o conteúdo é o que move a internet e tem nas Redes Sociais sua principal plataforma de disseminação e reverberação, o professor de gestão do conteúdo, Seizo Soares espera que o profissional de marketing digital “saiba ouvir, construir relacionamentos duradouros, ser curioso e aberto, ter hobbies e paixões”.
Para Seizo “as intensas mudanças e crescente complexidade de urgentes questões de âmbito global, local e pessoal, as marcas de excelência só podem ser cultivadas em um solo bem adubado. Aí está o verdadeiro conteúdo de marca”. E o profissional desatento a isso e despreparado vai acabar sendo substituído por aquele que tem mais vontade, mais garra e mais vida. Viva antes de ser um estrategista!
Usabilidade e arquitetura da informação são pontos a serem, cada vez mais, olhados com carinho nas empresas, pois um site não é mais só um site há tempos. Ele é um lugar onde as pessoas precisam passar um tempo agradável e se hoje a palavra experiência está na agenda diária das empresas, cabe a esse profissional entender como estar sempre a frente.
Isso é o que Igor Magrini ensina na sala de aula e para ele, atualmente na multinacional de comunicação e uma das mais premiadas agência do mundo, Ogilvy, no momento da contratação, o profissional deve ter “visão e planejamento multicanal, inclusive do offline. Espero que esse profissional possa interagir com mercados complementares de um produto/serviços e entender o comportamento e os hábitos dos consumidores e como isso afeta a dinâmica da sua oferta”. Ou seja, é importante ter uma visão 360º e que efetivamente tenha o consumidor no centro da comunicação.
Para o mestre em comportamento de consumo e uma das maiores referências sobre o assunto no país, Sérgio Lage, esse novo profissional precisa “pensar na interação entre as ferramentas e estratégias de marketing e tecnologia, ter foco na inteligência e no approach customer centric, lutar contra a nova miopia e panacéia dos números e dos dados quantitativos e ter a preocupação na valorização da captação, interpretação e acionamento de inisghts e novas dinâmicas culturais”.
Em resumo, unir a tecnologia e o marketing ao entendimento do consumidor para saber o que e como vender. Já passamos da era do post no Facebook sem alguma ação diferenciada para as marcas. Eles são importantes, mas entendemos a inteligência por trás de cada post antes de pedir para uma pessoa da agência, que mal conhece a marca, empresa e seus clientes finais, sair disparando posts que vão atrair fãs na Fan Page.
Mostrando como o curso está sempre antenado nas novidades e tendências, desde 2013, temos Fernando Kimura, o maior nome do neuromarketing do país dando aula no curso. O neuromarketing é a evolução da pesquisa de comportamento de consumo, pois ao invés das marcas ouvirem o que a boca diz, elas vão ler o que o cérebro diz. A boca pode mentir, o cérebro não. Para Kimura esse novo profissional precisa “treinar sua exteligência, conectar diferentes visões ao negócio, seja a partir de Big data ou com diferentes profissionais. Pensar mais no creative relationship Management e associar emoção a marcar/produto”, disse.
Você leu aqui dicas de contratantes e grandes nomes do mercado digital. Pessoas que buscam isso em suas equipes. Lideres admiráveis que levam para a sala de aula o que esperam do profissional, além, claro do rico conteúdo. Mais do mesmo não vende mais, por isso, se você é um profissional mais do mesmo, saia da zona de conforto, estude, vá atrás! Por que é isso que o mercado precisa!
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