A comunicação visual nos meios digitais: Flat Design

“Eu gosto de layout clean!”

Este comentário muito comum entre diretores de arte não é apenas gosto pessoal ou moda.

Nos dias de hoje, o marketing digital tem ganhado cada vez mais relevância quando pensamos em elaborar uma campanha de comunicação. 

Isso tem ocorrido devido à pulverização do público-alvo que procura informações em meios cada vez mais ágeis e diversificados, pela acessibilidade à tecnologia e internet, pelos custos de produção para as peças digitais, que em alguns casos são bem inferiores aos valores de produção de campanhas convencionais e materiais impressos, e o mais importante, a assertividade e personalização de linguagem, tanto verbal quanto visual, junto a quem quer receber a informação.

Esta nova necessidade tem feito com que cada dia mais profissionais de comunicação e criação se adaptem às novas necessidades e tendências visuais que o mercado, os veículos e as mídias sociais precisam para que a informação chegue sem ruído e com clareza ao consumidor.

Pode-se pensar que anteriormente o fato de não termos a luminosidade, o movimento, a personalização das informações das telas dos computadores, tablets e smartphones, e todos os recursos que os novos dispositivos oferecem, fazia com que os comunicadores se valessem da utilização de degradês, cores especiais, fontes pesadas e com maiores detalhes, e recursos especiais de impressão para chamar atenção de quem recebesse a informação.

O flat design chegou como tendência e hoje tem importância fundamental para que o consumidor entenda a didática de leitura da informação visual dentro da comunicação publicitária. A ideia é trocar a beleza pura pela funcionalidade sem perder o estilo. 

Podemos ver layouts cada vez mais limpos e retos, base de leitura semiótica lógica, cores chapadas, quadros e ícones informativos que facilitam a distribuição do que se quer informar ou vender, além da tipologia limpa e leve, com pouca tridimensionalidade.

O mercado de comunicação tem se valido de técnicas que aguçam a vontade, despertam interesse, além de recursos possíveis de neuromarketing.

Além da necessidade de leitura de fácil absorção por parte de quem consume a comunicação, as redes sociais têm forçado os comunicadores a criar peças que tenham a informação imediata com pouco texto ou elementos que possam dificultar ou confundir a clareza da comunicação.

No caso do Facebook, os posts impulsionados permitem utilização de apenas 25% de sua área visual com texto, e no caso do twitter, 140 caracteres de texto. Isso faz com que os materiais tenham uma base visual cada vez mais limpa e simples. É o famoso “menos é mais”.

   Alguns itens podem nortear a tendência visual que o mercado tem criado:

• Linhas retas e simples;
• Ausência de tridimensionalidade;
• Fontes finas, alongadas e sem serifas;
• Cores básicas, sem grandes misturas de porcentagem;
• Textos pequenos, coesos e claros;
• Humanização das imagens (procura-se utilizar cada vez mais o ser humano com base central da comunicação);
• Infográficos;
• Iconografia;
• Cores pastéis.

As grandes marcas tem procurado organizar sua comunicação de forma que a leitura seja didática e simples, o que é um grande desafio, pois, cada dia mais teremos um número maior de informações para inserir em peças e espaços cada vez menores.

O futuro da comunicação é incerto, mas sabemos que o Flat Design será cada vez mais presente na comunicação. Imagina-se que a tridimensionalidade voltará à comunicação de forma discreta e com maior bom senso por parte dos diagramadores, mas isso levará tempo.

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