A importância da capacitação profissional: uma nova oportunidade para um novo mercado
Entenda a importância da capacitação profissional no novo mercado de trabalho!
Autor: Redação Impacta
A matéria a seguir foi originalmente publicada na revista angolana Dikamba (Revista da Câmara de Comércio Angola-Brasil), edição nº4, em abril de 2014.
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Após um longo período de guerra civil, a República de Angola começa a responder e acompanhar o passo dos negócios internacionais com um mercado cada dia mais promissor e atrativo para outros países. Em função disso, empresas que se instalam no país exigem um grande número de profissionais capacitados para ocupar diversos tipos de cargos, o que tem gerado uma grande movimentação da população local em direção a cursos de formação – não só para tornar seus currículos mais interessantes para as empresas, mas também para formar uma base sólida na construção de uma carreira profissional bem sucedida.
Buscar e encontrar as melhores vagas de emprego nunca foi uma questão de sorte, mas sim de qualificação. E hoje, mais do que nunca, escolher os melhores cursos, voltados à lapidação de habilidades, de forma não somente teórica, mas principalmente prática, a fim de preparar os alunos para a atuação no mercado de trabalho, é fundamental para influenciar a escolha das empresas por um profissional.
O caminho da educação
Desde o início dos anos 1990, a educação em Angola sempre recebeu atenção especial do governo. Porém, mesmo com o ensino compulsório, a falta de escolas e pessoal mantinha as crianças afastadas. Foi somente após o fim da Guerra Civil Angolana – que destruiu e saqueou quase metade das unidades de educação do país – que o Ministério da Educação pôde investir pesado na recuperação do sistema de educação.
Tal qual vem acontecendo no Brasil, nos últimos anos o número de alunos matriculados no ensino superior tem aumentado exponencialmente, crescimento proporcionalmente comparável ao número de universidades privadas surgidas no país. Ainda que a estrutura, de modo geral, esteja sendo utilizada além de suas capacidades e não atenda confortavelmente a demanda, esse crescimento é uma prova clara do interesse dos angolanos por uma educação de qualidade e formação de nível superior.
O atalho para uma carreira
Com a chegada de multinacionais e empresas de grande porte dos mais diversos setores no país, a falta de mão de obra qualificada é um problema a ser enfrentado. Porém, a solução encontrada no Brasil pode ser a mesma para a solução desse entrave em Angola. A maioria das vagas oferecidas tende a exigir uma bagagem de conhecimento que pode ser facilmente adquirida com cursos rápidos de treinamentos especializados e profissionalizantes, que funcionam como uma plataforma de lançamento e alternativa rápida para inserção no mercado de trabalho.
Esses cursos rápidos, com média de 200 horas, consistem em qualificação em um assunto característico, como, por exemplo, cabeamento, manutenção de aparelhos mobile ou introdução a ferramentas de programação e design, a fim de preparar o profissional para já entrar atuando em uma função que exija tais conhecimentos. Os cursos técnicos e profissionalizantes representam um leque muito grande de oportunidades e empregabilidade para jovens por funcionar como um preparativo para enfrentar os desafios de um novato no mercado de trabalho através de treinamento prático e atualizado de habilidades e perfis profissionais.
Após sua entrada no mercado de trabalho, o profissional passa a ter uma renda fixa e pode avaliar quais rumos deseja tomar em sua carreira, partindo então para o ensino superior e, posteriormente, para a pós-graduação.
A ponte para as melhores oportunidades
Com um mercado de trabalho cada dia mais exigente e disputado, onde muitas vezes a experiência na área almejada, renovação constante e melhoria contínua são condições quase obrigatórias para a manutenção e progresso no trabalho, a realidade do mercado angolano é cada vez mais parecida com a realidade do mercado brasileiro.
Conforme uma publicação brasileira, especializada em pós-graduação, no final de 2013, profissionais especializados e pós-graduados conquistarem as melhores vagas e obterem salários até 70% maiores é um “fato do mercado”. Graças à falta de mão de obra especializada, a pós vem se tornando cada vez mais um parâmetro para seleção e promoção, alavancando a carreira de profissionais que se dedicam ao aperfeiçoamento de seus conhecimentos e habilidades. Isto se dá por conta da rigorosa seleção pela qual os alunos passam para ingressar em um desses cursos de extensão profissional, que exigem que o aluno tenha, além de um perfil dentro dos padrões de excelência da instituição, uma experiência profissional para aproveitar melhor o conteúdo visto em sala de aula e saber como aplicá-lo em seu trabalho.
O horizonte do mercado de trabalho
O universo profissional no mundo todo, inclusive em Angola, vem convergindo para o mundo digital. A migração dos negócios para o ambiente digital é uma tendência. Em um futuro próximo, as profissões mais procuradas estarão ligadas a tecnologia. Na área de tecnologia, por exemplo, os ramos de engenharia de software e desenvolvimento de aplicações mobile já estão em alta, com startups surgindo a todo o momento e, consequentemente, gerando um déficit de profissionais especializados.
De modo geral, o mercado já está se preparando para receber esses profissionais, portanto, o momento não poderia ser mais favorável para se investir em educação. E no que tange a educação, a melhor opção sempre serão as escolas especializadas – sejam de treinamentos e ensino profissionalizante ou escolas de ensino superior – que já dão ao aluno, além de uma formação focada e preparação, os primeiros contatos com o mercado de sua área de atuação.
A relação Brasil x Angola nos permite visualizar como a cada ano o mercado de trabalho mundial se torna mais predatório. Se a experiência nos ensinou algo do lado de cá é que cabe ao profissional se adequar à lei de Darwin – que dita a sobrevivência do mais forte – uma vez que, com o mercado aquecido como em Angola ou em momento de recessão como em outros países, o especialista em constante evolução tende a manter sua posição e receber boas oportunidades.
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