Desenvolvedor de Aplicativos: conheça mais sobre!
Algumas profissões ganharam mais destaque no mercado já que a digitalização tem grande peso nas empresas, e uma área foi Desenvolvedor de Aplicativos.(...)
Autor: Redação Impacta
Em tempos de transformação digital e evolução acelerada da tecnologia, algumas profissões relacionadas ao setor de TI ganharam ainda mais espaço no mercado. É o caso do desenvolvedor de aplicativos, que se tornou uma peça fundamental para o sucesso de muitas empresas. Mas, afinal, o que faz esse profissional?
Criamos este guia de carreira para mostrar tudo o que você precisa saber sobre o mercado de tecnologia e o desenvolvimento de apps, assim como o papel de quem é protagonista nesse meio. Falaremos sobre como esse cenário foi revolucionado até agora e o que esperar do futuro.
Além disso, explicaremos o que faz um desenvolvedor, quais são as competências que ele deve ter e como construir uma carreira de sucesso nesse nicho. Continue a leitura e confira!
A revolução do mercado com a transformação digital
Mesmo antes da primeira revolução industrial, a tecnologia sempre desempenhou um papel fundamental nos avanços da nossa sociedade. Entretanto, a partir do surgimento das primeiras empresas e de diferentes modelos de produção, ela se tornou peça ainda mais importante no desenvolvimento de novas formas de trabalhar.
O que vem acontecendo, ao longo dos últimos anos, é um processo ainda mais inovador. Com a popularização do acesso à internet e dos dispositivos móveis (smartphones, tablets, notebooks etc.), nosso próprio cotidiano foi intensamente alterado. Logo, as empresas também tiveram que se adequar às novas formas de fazer negócios.
O que chamamos de transformação digital é o processo no qual instituições de todos os tipos, públicas e privadas, passam a atuar com mais força no ambiente online. Muitas vezes, isso significa criar um novo modelo de negócio, dando prioridade à presença na internet e colocando as vendas físicas em segundo plano — como acontece no varejo, com a ascensão das lojas virtuais (e-commerces).
Nesse contexto, os aplicativos surgiram como ferramentas extremamente poderosas, já que eles são capazes de atender às demandas mais específicas de cada pessoa. É como se a tecnologia estivesse mediando as relações entre as instituições e seu público-alvo — no caso das empresas, entre elas e seus clientes (usuários do app). Veja, então, como isso começou.
As contribuições dos aplicativos para as empresas
A explosão do mercado mobile possibilitou que esses apps se tornassem produtos rentáveis. A partir desse momento, empresas de todos os tamanhos passaram a colocar sua criatividade para funcionar. Afinal, esse setor permite transformar ideias em produtos, já que muitas atividades do nosso dia a dia podem ser realizadas pelo smartphone.
Nos anos anteriores a 2007, já havia projetos em desenvolvimento para o lançamento dos primeiros sistemas operacionais com essa finalidade. O Android, por exemplo, tem suas raízes em uma empresa fundada em 2003. Naquele ponto, ainda com outro nome, o SO baseado em Linux chamou a atenção da Google, que formou parceria com a Android Inc., em 2005.
Hoje, a plataforma domina mais de 70% do mercado, enquanto o iOS (que roda no iPhone, da Apple) tem cerca de 25%. A Microsoft, por sua vez, perdeu muito espaço e ainda enfrenta dificuldades com o Windows Phone — ainda que sua presença no mercado de computadores tradicionais continue expressiva.
Os números são evidência inquestionável sobre o potencial desse setor. Segundo um estudo da Statista, as vendas de aplicativos mobile cresceram de US$97,7 bilhões, em 2014, para US$ 461,7 bilhões, em 2019. A perspectiva é que esse valor dobre até 2023.
- Os grandes players do mercado
Menos de cinco anos depois do lançamento da App Store, a loja da Apple para dispositivos com iOS (iPhone e iPad), os aplicativos se posicionaram entre os principais meios de se comunicar, comprar, se organizar e até mesmo trabalhar. Logo, muitas empresas notaram o potencial dessa ferramenta e passaram a desenvolver apps como produtos.
O mais interessante é que estamos falando de uma atividade que, muitas vezes, pode ser iniciada com pouca infraestrutura. O próprio Facebook surfou na onda da popularidade dos smartphones. Mesmo com as inovações que a rede social trouxe, como o conceito de timeline, a criação de um app ajudou a impulsionar seu alcance.
Não é à toa que o aplicativo do Facebook foi o mais baixado na década em todo o mundo, seguido de perto por outros três apps da companhia: Facebook Messenger, WhatsApp e Instagram.
A Netflix, por sua vez, surgiu de uma locadora de DVDs que recebia pedidos online ou por telefone e enviava as mídias por correios. Com a digitalização dos seus negócios — e impulsionada pela criação do seu aplicativo —, a empresa se tornou a que mais arrecada com seus clientes por meio do app.
O mercado se tornou tão grande que muitas startups ganharam seu espaço oferecendo o desenvolvimento como serviço. Com metodologias ágeis, elas auxiliam seus clientes na formulação da ideia e desenvolvem o aplicativo com muita velocidade, além de trabalharem no aprimoramento constante para conquistar e fidelizar clientes.
Vale destacar que nem todo aplicativo é desenvolvido para venda. Já parou para pensar quantos apps gratuitos você utiliza? Isso não significa que eles não sejam rentáveis. Por meio de publicidade ou pelo fortalecimento da marca, eles trazem muito retorno às empresas que os oferecem — assim como as que os desenvolvem.
Conheça, então, algumas tendências que todo profissional do setor deve acompanhar.
O futuro dos apps na era da transformação digital
Vivemos em um momento de digitalização das atividades do nosso dia a dia. Como destacamos, não usamos o ambiente virtual apenas para comprar e jogar — muitas profissões surgiram graças à invenção dos aplicativos. Basta observar, por exemplo, como o setor de transporte mudou com o surgimento do Uber e do Blablacar.
De forma geral, existem quatro categorias principais de aplicativos:
- serviços;
- informação;
- comunicação;
- entretenimento.
Ainda assim, as funcionalidades de cada um podem ser incontáveis e, até mesmo, ultrapassar as fronteiras entre duas categorias. O diferencial em relação a plataformas que podem ser usadas no navegador do smartphone é a facilidade de acesso e a otimização do uso dos recursos do celular (Bluetooth, GPS, câmera etc.).
Consequentemente, o número de empreendedores investindo nesse mercado cresceu drasticamente nos últimos anos. Segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups), são mais de 12 mil empresas desse tipo em nosso país.
Esse dado é reflexo, em muitos aspectos, da transformação digital. O fato é que o acesso facilitado à tecnologia permite que os pequenos negócios ofereçam serviços personalizados, sem precisar investir pesado em infraestrutura — algo que beneficia diretamente o mercado de desenvolvimento de software.
Por outro lado, algo de que essas empresas precisam muito é mão de obra qualificada, como profissionais da área de Engenharia de Software.
- Tendências para os próximos anos
O desenvolvedor de aplicativos, além de capacitado, deve estar atento às principais tendências para os próximos anos. Uma delas é o uso de Machine Learning e Inteligência Artificial (IA) nos apps. Resumidamente, estamos falando de tecnologias que permitem que o software aprenda com seu próprio desempenho e evolua continuamente.
Apps que usam reconhecimento de voz — como a Siri, do iOS — são bons exemplos de tecnologia desenvolvida com base nesses conceitos. Da mesma forma, os chamados wearables também estão ganhando destaque. Caso o nome não seja familiar, estamos falando dos dispositivos periféricos, como relógios inteligentes (smartwatches).
Eles trocam informações com o smartphone, em tempo real, para sincronizar dados e ampliar as funcionalidades do dispositivo. Aplicativos de monitoramento de saúde e atividades físicas são dois exemplos de produtos que integram essas tecnologias.
Veja, a seguir, mais tendências que vão se destacar no mercado de apps:
- chatbots — robôs virtuais que conversam com o usuário para oferecer informações ou encaminhá-lo para diferentes serviços;
- realidade virtual e aumentada — tecnologia que expande a percepção do usuário e aproxima o mundo físico do virtual;
- carteiras virtuais — sistemas integrados de pagamento ou apps de bancos sem agência física (fintechs);
- integração com a nuvem — aplicativos que operam com bases de dados online;
- instant apps — aplicativos muito leves, que são ativados sem a necessidade de download;
- cibersegurança — aplicativos voltados à proteção do sistema operacional e dos dados do usuário;
- design responsivo — arquitetura de software que permite ao aplicativo se adaptar às características de cada dispositivo;
- aplicativos on-demand — plataformas personalizadas com funcionalidades e preços que variam de acordo com a demanda do usuário.
Quer saber do que mais você precisa, então, para construir uma carreira em desenvolvimento? É o que mostraremos a seguir!
O mercado de trabalho para desenvolvimento mobile
Os dados mais recentes do relatório anual da consultoria App Annie apontam que foram feitos mais de 200 bilhões de downloads de aplicativos em 2019. O valor gasto pelos usuários soma mais de US$120 bilhões. Nesse panorama, o Brasil ocupa nada menos do que a terceira posição no ranking de maior tempo de uso de apps por pessoa.
São cerca de 3 horas e 40 minutos de uso diário, um crescimento de cerca de 35% em relação a 2017. Fica fácil perceber por que um dos impactos da transformação digital no mercado foi o aumento da demanda por profissionais da área de TI.
Disciplinas como a Análise e Desenvolvimento de Sistemas se tornaram ainda mais valorizadas nos cursos superiores e os analistas agora encontram um leque de oportunidades bem amplo. Como a oferta não acompanha o volume da demanda, a tendência é que esse profissional esteja em uma posição mais confortável.
A maioria das grandes empresas, por exemplo, tem grande interesse em investir no desenvolvimento mobile — seja internamente, seja por meio de uma parceria. Logo, as startups também buscam desenvolvedores, o que gera um segundo benefício para o profissional: a necessidade, por parte das empresas, de oferecer um diferencial.
- A disputa pelos talentos
Em todo o mundo, os ambientes ligados ao desenvolvimento de software se destacam entre os melhores locais de trabalho. Horário flexível, possibilidade de home office, escritórios mais agradáveis com espaço para descanso, rotina baseada na entrega de projetos, e não em horas trabalhadas, etc.
Esses são apenas alguns dos benefícios que o profissional do desenvolvimento costuma encontrar. Quanto ao número de vagas, somente em um dos maiores portais de empregos do Brasil, a Catho, são quase 6 mil vagas para desenvolvedor e ainda mais para programador.
O salário, por sua vez, varia de acordo com a empresa, a especialidade do profissional e a sua posição na equipe. Em média, um desenvolvedor iniciante (júnior) recebe, ao menos, R$5.000,00. Conforme ele evolui na carreira, esse salário pode chegar a mais de R$20.000,00.
- A profissão de desenvolvedor de aplicativos
De forma mais ampla, desenvolver aplicativos mobile é uma atividade realizada por um programador. A função desse profissional é utilizar linguagens de programação e métodos específicos para solucionar problemas ou atender a uma demanda específica. Na prática, isso significa esboçar e criar a arquitetura do software, testá-lo, ajustá-lo e adequá-lo continuamente.
Nesse sentido, a criação do aplicativo pode ser feita em um ambiente nativo ou em outra linguagem. Resumidamente, a diferença é que o app nativo funciona com base nas características do sistema operacional. Um aplicativo para Android, por exemplo, fala a mesma língua que a plataforma — que tem código aberto e, como mencionamos, é baseada em Linux.
Já um app híbrido pode ser criado em outra linguagem, mas precisará de adaptações para rodar naquele sistema operacional. É por isso que algumas empresas optam por desenvolver seus aplicativos apenas para um SO — nem sempre faz sentido para a Apple, por exemplo, oferecer seu aplicativo para quem usa celulares Android.
Esse tipo de conhecimento também faz parte do trabalho do desenvolvedor. Entretanto, suas atribuições básicas incluem questões mais voltadas à própria criação do software. As atividades essenciais são as seguintes:
- analisar a demanda do cliente ou usuário final;
- criar um projeto que atenda a essas necessidades;
- estabelecer um planejamento e um cronograma para o desenvolvimento;
- criar o aplicativo;
- implantar ferramentas e recursos;
- configurar e executar rotinas de testes;
- apresentar o produto ao cliente (protótipo e versão final);
- aprimorar o software;
- identificar e solucionar problemas.
Vale destacar que essa rotina varia muito de acordo com a metodologia utilizada pelo desenvolvedor, pela equipe ou pela empresa como um todo. Para se ter uma ideia, os métodos ágeis, que são predominantes nesse mercado, assumem a entrega rápida e a participação do cliente como pontos centrais do desenvolvimento.
Por isso, o desenvolvedor deve ser capaz de criar um protótipo muito simplificado e entregá-lo em poucos dias. Em parceria com o cliente, o produto vai evoluindo — as funcionalidades são adicionadas gradualmente e os testes com usuários reais ajudam a direcionar a estratégia.
Então, nem tudo se resume ao conhecimento técnico.
- Competências relacionadas ao comportamento do profissional
A profissão de desenvolvedor mobile traz consigo uma demanda muito alta por flexibilidade, produtividade e criatividade. Não é à toa que esse profissional costuma ter muita autonomia para trabalhar nos projetos — ele precisa se colocar no lugar do usuário, entender suas demandas e pensar em soluções eficientes para cada problema.
Além disso, estamos falando de um trabalho que, geralmente, é realizado em equipes e, na maioria dos casos, em contato direto com o usuário final (cliente). Portanto, é crucial que o desenvolvedor seja comunicativo e claro ao expor suas ideias.
Muitas empresas formam times distintos de desenvolvimento e testes, por exemplo. Nesse cenário, ambos devem saber alinhar seus objetivos para que o trabalho seja cooperativo. Afinal, a função do chamado Software Tester não é criticar negativamente o aplicativo, mas indicar o que precisa ser corrigido e as oportunidades de melhoria.
Outro ponto importante é o conhecimento na língua inglesa. Um desenvolvedor não precisa, necessariamente, ser falante fluente de inglês, mas a maioria dos métodos, ferramentas e conceitos utiliza termos nesse idioma. Consequentemente, será preciso ampliar o vocabulário.
Na prática, o que podemos observar é que a maioria dos profissionais da área tende a assumir o desenvolvimento de softwares como incentivo ao aprendizado. Afinal, fica muito mais fácil conhecer outra língua quando a utilizamos diariamente em nossas atividades.
Agora que estabelecemos qual é o perfil desse profissional, vamos aos detalhes relacionados à sua capacitação técnica.
Como se tornar um desenvolvedor mobile
O primeiro passo é buscar qualificação técnica — ou seja, escolher um curso técnico ou partir direto para o ensino superior. Uma graduação em Engenharia de Software ou Análise e Desenvolvimento de Sistemas é ideal para essa área, já que oferece conhecimento técnico aprofundado e disciplinas voltadas ao mercado.
Ainda assim, estamos falando de um segmento que favorece quem investe continuamente na sua formação. Os tipos de aplicativos a serem desenvolvidos podem variar bastante, sobretudo de acordo com a linguagem de programação. Um mesmo sistema operacional pode rodar soluções baseadas em C++, Python, HTML, Java, Objective-C etc.
Somado a isso, é cada vez mais comum que as equipes adotem ferramentas de desenvolvimento ágil. Na prática, elas funcionam como uma interface que facilita a criação do app — o programador tem cada vez menos trabalho, enquanto o software assume parte da programação por trás daquilo que ele está criando visualmente.
- Como construir uma carreira de sucesso
Conquistar seu espaço no mercado pode ser muito mais fácil se você for criativo, rápido nas respostas e tiver boa comunicação. Entretanto, tudo isso se torna limitado, se não for acompanhado de boa capacitação técnica.
Então, assim como em outras áreas da tecnologia, é preciso inovar e investir continuamente na própria formação. Manter-se atualizado e acompanhar os cursos e certificações em alta é praticamente obrigatório para quem quer ser valorizado. Muitas vezes, comprovar esse conhecimento é exigência básica no processo de seleção das empresas.
Cursos rápidos também ajudam a aprimorar seu conhecimento e as habilidades comportamentais que as organizações procuram. Na hora de se candidatar à primeira vaga como desenvolvedor, por exemplo, esse tipo de formação é um grande diferencial, já que a experiência no ramo leva algum tempo para ser adquirida.
Somado a isso, não deixe de conhecer as opções de cursos livres. Sem sair de casa, você pode desenvolver suas habilidades com ferramentas como Excel e AutoCad, ou mesmo atividades complementares, como Inbound Marketing, tratamento de imagens e as próprias metodologias ágeis (Scrum, Kanban etc.).
Por fim, crie o hábito de acompanhar portais de conteúdo voltados à tecnologia e, principalmente, ao profissional do desenvolvimento de softwares. Novas tendências, como a Internet das Coisas (IoT) e a Indústria 4.0, dialogam diretamente com esse mercado.
Como você pôde ver, o mercado está aberto e tende a crescer ainda mais nos próximos anos. A busca por profissionais qualificados não cessa, já que a disputa é acirrada e os perfis procurados são cada vez mais específicos. Então, não deixe de investir na sua formação técnica e torne-se um desenvolvedor de aplicativos de sucesso!
Agora que você já sabe como entrar nesse mercado e o que essa carreira reserva para você, baixe, de forma gratuita, nosso guia prático para o desenvolvimento de aplicativos mobile e amplie seu conhecimento sobre o assunto!
E não esqueça de deixar seu comentário nos contando se já pensou em seguir carreira em desenvolvimento de aplicativos ou caso tenha ficado alguma dúvida sobre a área!
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