O que considerar ao desenvolver jogos para crianças?
O mercado de games cresce em grande escala e os jogos infantis também fazem sucesso. Saiba tudo o que considerar ao desenvolver jogos para crianças.(...)
Autor: Redação Impacta
Muitos estudos comprovam os inúmeros benefícios dos games, como, por exemplo, aprimorar o raciocínio lógico, aumentar a capacidade de memorização e concentração, entre outros. Esse mercado cresce em grande escala, e já demos dicas aqui no blog a respeito de como entrar no mercado de games.
Outra forte tendência atualmente em diversos setores é a gamificação, em que técnicas e rotinas próprias de jogos eletrônicos são adicionadas a tarefas rotineiras com o intuito de aumentar a motivação, a concentração e o esforço na execução da tarefa por parte de seu responsável.
Mas e quando se trata de jogos infantis?
Quais principais características devo considerar ao desenvolver jogos para crianças?
As crianças adoram jogar e os mesmos benefícios que se aplicam aos adultos também se aplicam a elas – alguns deles até com uma maior eficácia devido ao processo de formação em que se encontra o cérebro dos pequenos.
Porém, muitos pais limitam ou até mesmo impedem que seus filhos façam o uso de aparelhos eletrônicos e seus jogos, com o receio de que eles se tornem muito sedentários e hipnotizados, viciados em apenas jogar.
Um fator que estimula os pais na hora de autorizarem seus filhos a jogar, é capacidade educacional do jogo. Quanto mais educacional for o game e mais qualidades positivas ele desenvolver na criança, maior será aceitação por parte dos pais e maiores serão os períodos que seus filhos passarão jogando.
Selecionamos algumas dicas para ajudar o desenvolvedor a romper com essas limitações, veja a seguir:
Guie o entendimento e estimule a criatividade
Um requisito para se desenvolver qualquer aplicação – como é o caso dos jogos para crianças -, que atenda de fato as expectativas e necessidades de seus usuários finais, é compreender bem o seu público-alvo.
Em se tratando de jogos infantis, dois públicos devem ser considerados: os pais, que irão comprar o aplicativo, avaliá-lo e determinar o uso; e as crianças, que vão se entreter e se encantar, ou não, com o jogo.
Para conseguir guiar o entendimento da criança no jogo, é necessária uma análise psicológica do seu comportamento enquanto joga. Uma ótima tática a ser usada é a repetição de determinados processos, como acontece em desenhos infantis e que tanto prende atenção das crianças.
Ao criar repetições dentro do jogo, mesmo que não sejam exatas, o desenvolvedor auxiliará na memorização de uma determinada fase ou atividade, contribuindo assim para um melhor entendimento.
Restringir a ação do jogador a um número limitado de interação com o jogo é o mesmo que limitar a sua criatividade. Pode ser que a criança, ao invés de andar com o personagem, queira voar, ou, ao invés de cumprir uma determinada atividade, ela queira apenas passear pelo cenário do jogo com o personagem.
É importante idealizar diversos desejos, como estes, que possam surgir e abrir um leque de opções que possibilite a criança exercer a sua criatividade.
Emocione
Para que o jogo seja divertido, os personagens e o cenário não precisam ser o tempo todo “alegres”. Ao criar diferentes estados emocionais para os personagens e cenários variados, fica mais fácil despertar sentimentos emocionais mais fortes, e assim, prender um pouco mais a atenção da criança no jogo, obtendo uma maior fidelização.
Mas não vá exagerar em sentimentos negativos como a tristeza ou cenários muito solitários.
Crie uma marca ao invés de apenas um jogo e “pense fora da caixa”
Se a intenção é criar um negócio rentável e duradouro não basta criar apenas um jogo, é preciso criar uma marca com uma identidade visual bem definida e que encante. É importante abrir a possibilidade de lançamento de novas versões e novos jogos relacionados, que despertem o mesmo ou um maior interesse por parte de seus jogadores, como fez o Angry Birds ou o Pou, por exemplo.
Se o primeiro projeto da marca for cativante e sempre despertar uma certa curiosidade no jogador quando novas versões ou jogos forem criados, a marca sempre terá clientes em potencial e um marketing criado por seus próprios jogadores.
Pensar “fora da caixa” é um clichê muito utilizado quando se fala em criação e inovação. Porém, muitos parecem ignorar esta recomendação. Na criação de jogos infantis, fazer o que todo mundo está fazendo é criar um jogo pouco competitivo e que provavelmente não durará muito tempo no mercado.
É preciso ir além, buscar públicos-alvo específicos e atender necessidades especiais, como, por exemplo, crianças portadoras de deficiência visual ou auditiva, criando novas formas de despertar a emoção dos portadores destas deficiências e fazendo com que desenvolvam as mesmas habilidades que outras crianças que não as possuem.
O mercado para desenvolvedores de jogos infantis possui muitas oportunidades, e se bem aproveitado, pode garantir um negócio duradouro e estável.
E você, desenvolvedor, teria mais dicas de características a serem seguidas no desenvolvimento de jogos infantis? Compartilhe conosco a sua opinião e experiências na área.
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Gostei muito do artigo sobre os jogos para crianças. Parabéns pelo Blog !!